domingo, 30 de dezembro de 2007

5841. Lonely Day (2:47)


Nunca vi um dezembro com tanta cara de agosto. Acordo sem coragem de conviver com o meu quarto e as coisas que me cercam. Há muito elas já me dão a sensação de estar preso e condenado à monotonia. Junto todas as minhas forças e empreendo-as no esforço de levantar e me alimentar. Na cozinha, o refinado menu é pão velho com chá fraco.

Depois dessa fortificante refeição, aplasto-me em frente a TV. Incrivelmente após um banho de futilidade, minhas forças aumentam, já passam de 3% do total. Corro para o computador e escrevo um texto que tirei da minha garganta. A muito estava ali engasgado. Desculpe se aticei sua curiosidade, esse é mais um daqueles textos que queríamos mostrar a todos, mas que por várias circunstâncias se torna impublicável.

Depois dessa enxurrada de emoções, minha vontade já bate recorde, comparando com os outros dias dessa semana. Alcancei cerca de 13%. Já consigo sair por ai, totalmente sem rumo. Apenas eu, as nuvens negras que cercam a minha cabeça, e minha discoteca ambulante, que me salvou de um silêncio mórbido. Mesmo com pessoas, poucas pessoas, pela rua, a sensação é de estar de passagem em uma cidade abandonada e pronta para ser arrasada por uma tormenta.

Voltando a música, ao apertar play, o que vem é uma melancólica canção argentina. NÃO! Minha auto-estima grita! Logo passo para um rock-blues que me conduz pelas ruas de Santa Maria. Os solos da guitarra são muito mais envolventes do qualquer paisagem suja e carcomida. Não presto atenção em nada, apenas caminho. Meu transe só é interrompido por algum garoto pedindo moeda.

Quando saí de casa, o céu dava indícios de que ficaria limpo. Porém, saí e levei as minhas nuvens negras, e por muita sorte, elas ficaram pelo caminho, pesando mais o céu. Depois de uns 40 minutos de caminhada, passo em uma padaria, já que havia exterminado com meus pães velhos. Chego em casa, mente aliviada, a chuva volta e sem impõe. Voltei ao meu mundo, enfadonho, diga-se de passagem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Minha vontade anda em Alcatraz


Muito para dizer, pouca inspiração para escrever. É esse o dilema que vivo atualmente. Me prometo que vou sentar em frente ao computador e debulhar a fartura de pensamentos e conjecturas que surgem na minha cabeça. Mas a preguiça e o cuidado me fazem vacilar diante dessa missão.

Então hoje, para não deixar o OpiniãOposta sem atualização, sugiro que ouçam o Pró-Música, programa de rádio que tenho com mais três amigos. Nessa semana, trouxemos alguns artistas que deixam transparecer na sua música as impressões de um presidiário. A escolha do playlist foi bem democrática e de muito bom gosto, modéstia a parte.

Para não perder o costume, também há muito humor no Pró-Música. Temos as participações especiais de Luiz Inácio Lula da Silva e Silvio Santos.

Espero que gostem da dica!!! Até a próxima e distante postagem!

Pró-Música toda a quarta-feira às 23h, pelos 800AM da Rádio Universidade

Clique aqui e ouça o Pró-Música agora

Site do Pró-Música

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ignorância inteligente



Para mim os formadores de opinião, como os colunistas, devem saber mais do que qualquer cidadão comum sobre um fato. São esses privilegiados que com sua competência e coerência fornecem subsídios para que muitas pessoas formem suas opiniões.

Tomei um susto ao ver a falta de conhecimento do fato ocorrido na Bolívia por um articulista que até certo ponto respeitava: Arnaldo Jabor

Todos que estão bem informados sobre a questão da mudança da capital da Bolívia, sabem que é uma revolta burguesa. A classe bem remunerada do país quer a mudança da capital para a região mais rica. Mas o que isso tem de relevante para um país pobre?

Bom, para o Jabor isso é motivo para crucificar Evo. Ainda mais sendo ele, grande amigo de Chavez. Isso basta para o colunista do Jornal da Globo!

Acompanhe o texto:

Evo Morales segue o destino previsível, óbvio, de todas as ditaduras em marcha na América Latina.
Sempre começa com as bravatas de nacionalismo, de banir o inimigo imperialista, que aliás somos nós, o gigante.
Depois o caudilhismo começa a fazer água, pois a burguesia empresarial sabota, para de investir e a crise econômica se inicia.
Aí vem a repressão, a porrada, os Evos e outros aumentam a radicalização até que a quebra da economia se abate sobre o país e começa o novo ciclo em que o possível ditador acaba caindo, com o atraso voltando atrás, porque a idéia de progresso que a tradição de índios e populistas tinham era mais atrasada que o atraso das elites brancas.
Por trás dessas pseudo revoluções existe a antiqüíssima fé, herdada das teocracias sacrificais da época dos Incas, Maias e Aztecas: deuses no poder exterminados pelos espanhóis. Auto sacrifício e extermínio. Na Bolívia já recomeça o ciclo. Na Venezuela também já esta morrendo gente.
A única diferença é que agora há muita grana de petróleo e armas do Chávez e esse circulo vicioso pode ser o início de um banho de sangue, de uma horrenda tragédia na América Latina. Que espero, fique só entre os cocaleros e bananeros e não chegue até nos, os macaquitos.


sábado, 3 de novembro de 2007

Bretão e com criatividade

Como nascem bandas na Grã-Bretanha! Ultimamente tem surgido tantas bandas que, infelizmente, se criou um estereotipo com as mais recentes: “É mais uma bandinha inglesa”. Admito que muitas dessas se encaixem perfeitamente no rótulo, porém todos sabemos que qualquer generalização é mentirosa.

Por isso, vou falar de uma banda nova banda, que para mim, tem um estilo próprio e diferenciado: The Fratellis.

A banda é formado por Jon Fratelli, Barry Frateli e Mince Fratelli. Fratelli de verdade apenas o baixista Barry, que emprestou seu nome aos companheiros de banda, criando a família The Fratellis.

Os escoceses tem alcançado uma boa repercussão na mídia especializada. Fazem apenas dois anos do seu primeiro show, e o trio de Gasgow já tem um álbum com 3 singles: Costello Music. É uma álbum leve, irreverente e com uma identidade própria, sem deixar de lado o tradicionalismo de alguns sons como o Blues, Folk e Country.

Uma das principais características da banda revela sua origem bretã: a alegria. Assim como Arctic Monkeys e Franz Ferdinand, o The Fratellis é um bom motivo para não permanecer parado enquanto se ouve.

O álbum Costello Music é formado por 13 músicas, com diferentes pegadas. A música de abertura é “Henrietta”, ela dá tônica do que se encontra no resto do álbum. “Flathead” inicia com uma viola e bateria bem ao estilo folk, mas logo já se mistura com fúria adolescente do Fratellis. Também tem vocais interessantes, o refrão me lembra uma música do Rei Leão ou algo assim.

A faixa 3 é “Cuntry boys e city girls”, lembra uma “surf music” da década de 60, mas com uma pegada rock bem forte. Tem também a simplicidade da balada “Whistle For The Choir” e o jeito country de “Vince The Lovable Stoner”. “Doginabag” é blues com os pés no rock, pouco mais sombrio em relação ao resto do álbum...Sensacional! “Chelsea Dagger” e “Creepin Up The Backstairs” mostram toda a vivacidade e ânimo da banda.

Enfim, o “Costello Music” é um ótimo álbum e com certeza o Fratellis não é apenas mais uma banda Bretã. Para quem não tem preconceito musical, é bem humorado e está aberto a coisas novas e diferentes, o The Fratellis é uma ótima experiência.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Insonância!


Já é tradicional. A madrugada vem, a insônia continua, Jô segue o seu roteiro, enquanto os lixeiros se comunicam aos berros durante a coleta do lixo urbano. O detalhe mais interessante desse fato, é que a linguagem exercida por eles, é totalmente indecifrável para um leigo. Apenas os iniciados no assunto conseguem assimilar os urros, gargalhadas, e balbuciações. Esses sons passam a impressão de felicidade e divertimento. Estranho e incompreensível aos olhos da nossa sociedade capitalista.

Exceto a rotina já descrita antes, a madrugada sempre apresenta alguma surpresa. Surpresas inesperadas, engraçadas, trágicas, eróticas e etc. Certo domingo, não conseguia dormir de jeito nenhum. O lado mais sério de meu cérebro, extremamente irritado pela displicência teimosa do lado criativo, relembrava que segunda era dia de “São Pega”, e que a preguiça não me deixaria acordar no horário determinado.

Enquanto assisto um filme do Van Damme, para ver se surge uma centelha de sono, ouço comprimentos e uma conversa animada. A curiosidade de um insoniado é voraz. Tão logo ouço as vozes, aciono o botão de mudo, calando as lamúrias dos ninjas que apanhavam do dragão branco. Era uma conversa amigável, permeada por gargalhadas sinceras. A conversa vinha da rua, da frente de uma igreja misteriosa ao lado de meu prédio. Em frente a uma pracinha dominada por cachorros e onde nunca vi uma criança. Os amigos se entusiasmam cada vez mais, porém distância da conversa até a minha janela, evita que eu decifre as alegrias bradadas em plenas duas da manhã. Sem entender muita coisa, vou começando a perder o interesse. As agressões do Van Damme me chamam atenção e desligo o mudo. Ouço “pof, soc e catabum”, mas ao fundo, continuo ouvindo os amigos cada vez mais entusiasmados.

Passa intervalo, volta a porrada, a madrugada avança e continua com seu silêncio revelador, só interrompido pelas gargalhadas dos amigos. A alegria alheia já me estava me incomodando. O lado sério dizia “Esses folgados não sabem que preciso acordar cedo amanhã?”, e o criativo respondia prontamente “deixa eles, tu está é com curiosidade!”. Passeio pela vasta gama de canais disponíveis em minha pequena antena. É crente se aconselhando, filme B italiano, venda de jóias, clipe de rap e o Van Damme. Mesmo com todas essas opções, meu sono continuava fugindo. E os amigos não paravam... Foi então, que após um silêncio prolongado ouço o seguinte verso: “Eu caminhei sozinho pela rua...”, cantado em duas vozes, uma delas, a segunda, em falsete. EU NÃO ACREDITEI. Os dois amigos não eram apenas amigos, e sim uma dupla sertaneja. A canção continuou: “Cantei com as estrelas e com a lua, sentei no banco da praça tentando te esquecer, adormeci e sonhei com você. No sonho você vem provocante, me deu um beijo doce e me abraçou, e bem na hora H, no ponto alto do amor, já era dia e o guarda me acordou”. A minha aparente perplexidade se transforma em riso, enquanto a dupla chega ao famoso refrão de Bruno e Marrone.

Não me contenho, abro a janela para ter certeza que é real o que eu estava ouvindo. O mais intrigante de tudo é que eles realmente cantavam bem. Deixo o Van Damme batendo nos seus oponentes em silêncio para melhor ouvir os dois cantantes. A música acaba, mas logo já iniciam outra, e outra, e outra. Meu repertório sertanejo já não conhecia essas canções. Penso em ir até a rua, me oferecer para ser o produtor dessa dupla, com certeza teriam futuro. Enquanto ouço as músicas e penso qualquer coisa, Morfeu vai se esgueirando pelo quarto. Aproxima-se e com a rapidez de um lince me faz pegar no sono. Criatura sacana! Enquanto estou entediado ele se esconde, mas quando encontro algo peculiar e interessante, ele vem e me adormece sem nenhuma satisfação.

Na manhã seguinte, acordo me questionando se realmente presenciei aquilo. Chego à conclusão que não era um fruto de minha imaginação. Sem refletir muito, faço os rituais matinais e vou para universidade. Dia cansativo, nem toco nas reminiscências da madrugada. Quando a próxima madrugada vem chegando, me mantenho atento, esperando mais um ensaio da dupla. Essa madrugada parecia mais monótona. Até os lixeiros não demonstravam a mesma alegria. Espero até enquanto agüento os ataques de Morfeu. Durmo.

Já se passaram meses e a dupla nunca mais se apresentou enfrente a igreja, tornando mais intrigante o ocorrido. Madrugadas se sucedem e outras passagens de realismo fantástico se apresentam. Mas até agora, nenhuma tão estranha como está.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

F(x,v,t) = m a




Alçar, lançar, subjugar e falhar

Descer, despencar, traumatizar e entumbar

Tudo seria mais fácil e superficial se eu fosse alienado



terça-feira, 16 de outubro de 2007

CD01 - Injeção de ânimo


Visitando alguns blogs interessantes sobre música, tive uma idéia. Quer dizer, adaptei a idéia que vi no blog IndieNation. Lá eles fazem seleções com os melhores “Indies” do momento. Resolvi fazer algo parecido. Cada semana, vou escolher um tema e garimpar algumas musicas que se encaixam. Toda a segunda-feira vou postar um CD novo. Espero que curtam essa iniciativa.

INJEÇÃO DE ÂNIMO

Ando totalmente atarefado essa semana. Em algumas horas, principalmente na hora de levantar, bate aquele desanimo fulminante! Não há compromisso que faça levantar da cama, ou de me faça ficar acordado no ônibus. Mas, com o advento da nanotecnologia, ficou mais carregar a coleção de músicas.

Por isso, fiz uma seleção musical mais enrijecedora que “Tonoclem”(pelo menos pra mim). Músicas que me passam à animação necessária para agüentar um dia de labuta pesada!

Aí vão as faixas então:


01 - The trashmen - surfin' bird
Clássica e louca! Pra quê melhor que isso? The Trashmen é uma banda americana da década de 60, de surf music e rock de garagem.

02 - Arctic Monkeys - Dancing Shoes
A loucura da não tão nova sensação inglesa, com pitadas do suingue cubano. Quase um carnaval! Música tirada do CD beneficiente para as vitimas do Tsunami, “Rhythms Del Mundo”. Vale a pena conferir, além de Arctic Monkeys, tem outras bandas consagradas fazendo seu som e ritimo cubano!

03 - Ray Charles - Mess around
Esse apesar de ter passado maus bocados durante sua vida, tem músicas que passam uma alegria descomunal! Essa é uma delas!

04 - Red Hot Chili Peppers - Hump de Bump
Sem palavras! Funk ou rock? Rock ou funk? Red Hot Chili Peppers! Pra mim, uma das melhores músicas do grupo. Mais uma vez Flea dá show no baixo! Além de muitos instrumentos e não-intrumentos de sopro e percussão! Sensacional! Destaco também o clipe dessa música: simples, mas muito bom!

05 - Faichecleres - Aninha sem tesão
Banda gaúcha que faz um Rock’n’Roll ninfomaníaco. Seguindo o rumo de Cascavelletes e companhia, a banda faz letras satíricas em músicas muito interessantes!

06 - Demônios da garoa e jair rodriges - Samba da garoa
Sou fã incondicional desse pessoal! Sempre rio um monte com as histórias do Ernesto e sua maloca! Samba-enredo da Rosas de Ouro.

07 - The Yardbirds - Drinking Muddy Water
Primeira banda de Eric Clapton. Essa música é uma versão da “If I had possession” do velho capeta Robert Johnson. Realmente os ingleses beberam um pouco das águas barrentas para executar essa música!


08 – The Fratellis - Creepin Up The Backstairs
Uma das ultimas revelações inglesas. Um trio que faz um rock novo e irreverente, mas com muitas pegadas de Blues e Folk. Se eu fizesse a trilha de Alice no país das maravilhas, a música do Coelho Maluco seria essa!

09 - Forgotten boys - Não vou ficar
Trio Brasileiro que geralmente faz músicas em inglês. Eles tem uma pegada muito boa!

10 - Rage Agains the Machine - Renegades Of Funk
Porque renegados do funk? Um dos melhores Funk-Rocks que já ouvi! A coisa ta começando a ficar dançante!

11 - Jet - Are You Gonna Be My Girl
Essa música faz parte de um dos melhores álbuns do rock nesses últimos tempos, Get Born! Para mim, essa música traz vontade de sair por ai pulando e chutando placas e cachorros!(risos)

12 - Franz Ferdinand - Do You Want To
Para encerrar, mais ingleses... E com certeza eles não poderiam ficar de fora dessa seleção! Franz Ferdinand style.

Para baixar, clique aqui: http://www.4shared.com/file/26582550/c1079465/CD01_-_Injeo_de_nimo.html?dirPwdVerified=9931b7f6
Só faltou Alegria, alegria do Caetano. Bom, mas no meu caso, essa só me deixa irritado!

Era isso! Espero que gostem!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A banda de um homem só


A Bomba explodiu! Devastou e transformou tudo que estava a sua volta. Construiu, desconstruiu, deu origem, sepultou. Até que em uma noite, da maneira mais clássica possível, o algoz dessa fúria saiu dos palcos para entrar na história do Rock n’Roll, como o seu ultimo grande “band líder”. Kurt Cobain tomou sua última dose no dia 5 de abril de 1994, dando fim a um dos fenômenos mais rápidos e intensos que o Rock já viu. Com a morte de Cobain e o conseqüente fim do Nirvana, Chris Novoselic e Dave Grohl decidiram enterrar a banda junto com o corpo de Kurt, para evitar qualquer estigma, ou reacender qualquer fantasma do Nirvana. Os dois também resolveram não tocar mais juntos.

As músicas do Nirvana eram, em maioria, compostas por Kurt. Não havia espaço para as composições de Dave, que as guardou até o fim da banda. Por isso, um ano após o fim do Nirvana, Dave Grohl entrou em estúdio e gravou todos os instrumentos do seu primeiro CD, dando origem a uma banda que foi denominada Foo Fighters. Grohl não desejava que o Foo Fighters fosse um projeto de um homem só. Então foi a procura de músicos para integrarem a sua banda. Arrebanhou os integrantes necessários para fazer shows e em alguns meses o Foo Fighters já tinha singles consagrados. Esse álbum ainda traz muito do peso do Nirvana e para mim é um dos (se não o) melhor da banda.

O sucesso do Foo Fighters foi enorme e em 1997 saiu o segundo CD, “The Colour and the Shape”. Em 1999 veio “There Is Nothing Left to Lose”. No final de 2002, “One by one”. Nesses 7 anos, 4 CD’s, muitos singles e integrantes diferentes. Mas o Foo Fighters tinha uma cara, e era a cara de Dave Grohl. Sucessos como “Big me”, “Learn to fly”, “Times like these”, “All my life” entre vários outros, ergueram o Foo Fighters ao status de grande banda.
Em 2005, ano que completou 10 anos, a banda lançou seu quinto CD, “In your honor”, um duplo meio elétrico, meio acústico. A parte elétrica traz um Foo Fighters tradicional e pesado, de muito bom gosto. Mas é a segunda parte que merece destaque. Desplugado, a banda se transformou e apresentou grandes músicas como “Virginia Moon”, uma Bossa Nova ao melhor estilo Tom Jobim. Esse acústico proporcionou uma turnê. Dave, em entrevista a MTV até brincou que já estava cansado de gritar.

A poucos dias o Foo Fighters lançou seu último CD, “Echoes, Silence, Patience and Grace”. O CD é aberto com “The Pretender” música ao melhor estilo Foo Fighters, relembrando antigos sucessos da banda. Esse estilo permanece até metade do CD, quando a monotonia é quebrada por “Stranger Things Have Happened”, onde Grohl acompanhado por apenas uma viola e um instrumento de percussão, que parece castanholas, desempenha toda sua interpretação no vocal.
Já “Summer's End” lembra um Blues elétrico, enquanto em “The Ballad of the Beaconsfield Miners” dois belos violões duelam em um Folk. Na seqüência, as baladas “Statues” e “Home”, que são acompanhadas por um piano tocado por ele mesmo, (- Sim, acreditem! Ele também toca piano!) Dave Grohl.

“Echoes, Silence, Patience and Grace” prova realmente o que é Foo Fighters: uma banda multifacetada que toca o que gosta e o que quer. Tudo isso graças a genialidade de Dave Grohl, o comandante de uma banda de um homem só!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Lamentos, sugestões e um pouco de marketing pessoal


Música em rádio. As mais pedidas. Comunicação jovem. Eventos patrocinados. Músicas patrocinadas. Cultura patrocinada. A fórmula se repete e não se diz quase nada a respeito. Os meios de comunicação, do ponto de vista de quem os controla, são empresas, e, como qualquer fábrica de chinelos ou loja de produtos hospitalares, possui como objetivo central o lucro. Mas não estamos falando de chinelos, balanças ou qualquer coisa do gênero. Estamos falando de arte, de inspiração, de tradição, de inovação, enfim, do ser humano no exercício da sua expressão enquanto ser social. Sendo então a cultura todo o fazer humano, deve ela ser regida pelas mesmas regras que submetem a compra e venda de qualquer produto? Independentemente de qualquer questionamento o fato é que a música, inserida num contexto mais amplo de coisificação da cultura, é sim produzida e comercializada em escala industrial.

Segundo relatos de profissionais da comunicação e de músicos com os quais tivemos contato, as relações, digamos, mais próximas entre as gravadoras e as rádios datam de meados dos anos 60, o que se pode dizer que marca o início da homogeneização da produção e do consumo musical no Brasil. Se antes cada artesão fazia um tipo de chinelo, tornando assim os custos de matéria-prima e distribuição relativamente altos, agora a indústria produzia a partir de moldes, adaptados aos pés do consumidor médio, e distribuía esse produto por todo o país. Hoje a prática de pagar para um artista ser tocado (conhecida como Jabá) é praticamente institucionalizada em muitas rádios, aliás, isso não ocorre apenas na programação musical das rádios, mas também em programas televisivos, resenhas de jornal e daí por diante. Só não damos nomes às raposas porque não temos dinheiro suficiente para pagar uma assessoria jurídica, mas não é difícil imaginar, basta um zapping na TV nos domingos à tarde para saber do que estamos falando.

Todo esse tratamento da música como produto, que transforma arte em business, restringe, por uma série de motivos, a qualidade do cenário musical mundial. Esse tipo de restrição pode ser notado em vários aspectos da música que toca nas rádios comerciais. As letras das músicas raramente podem ser chamadas de poesia, as soluções melódicas se repetem, os traços regionais são sufocados. Em um país com uma diversidade cultural muito grande como o Brasil, as rádios acabam não representando o contexto local, tocando músicas e artistas que são repetidos incessantemente em qualquer parte do território nacional. Quantas vezes você já ouviu uma banda de Santa Maria nas nossas rádios? Santa Maria é, reconhecidamente, um pólo musical importante no Estado, mas com exceção da música nativista e de uma ou duas bandas que estão inseridas na lógica das gravadoras quase nada do que é feito aqui se ouve nas FMs locais.

Pensando nesses diversos fatores que atravancam o desenvolvimento e divulgação da música, concebemos a idéia de produzir o programa radiofônico Pró-Música, que vai ao ar na Rádio Universidade 800AM, toda a quarta às 23h. O Pró-Música é um programa temático que tem como base dois elementos: apresentar um repertório musical de qualidade e diferenciado, e agregar conhecimento ao ouvinte através da reflexão, da pesquisa musical e de entrevistas com pessoas que possam falar com autoridade sobre o assunto. Música é cultura, portanto, pode trazer consigo todas as expressões que fazem parte do ser humano. Essa idéia mais abrangente de música já guiou o Pró-Música a manifestações históricas como os Festivais de MPB, a orientações literárias como o Dadaísmo, a expressões místicas e religiosas como o Exorcismo, a diversas paisagens naturais do Brasil e ao próprio debate da produção musical na indústria cultural.

A diversidade de assuntos abordados no Pró-Música permitiu o contato com os mais variados gêneros musicais. Sem sair do aconchego do pampa, escolhemos 4 artistas ou bandas do RS que já estiveram no programa para apresentar a você:

Outhouse Birinight Band: Iniciamos com uma sugestão local. A Outhouse é uma banda santa-mariense, e esteve presente no estúdio da Rádio Universidade durante a gravação do 37° Pró-Música, que abordava o Hardrock setentista. A banda iniciou atividades no ano de 2003, e é formada por Alex Bortolloto (Guitarra e voz), Leandro Correa (bateria), Régis Righi (baixo) e Vinicius Brum (Voz).
Esse quarteto faz o tradicional hardrock, pesado e clássico, com influências de Free, Led Zeppelin, Alice Cooper (em sua fase antiga), Grand Funk Railroad, entre outros grandes expoentes do estilo pesado. As letras, em português, retratam as noites da boemia do Rock’n’Roll. Eles também fazem releituras de algumas bandas “das antigas”. A escolha dessas bandas se dá através de uma pesquisa musical feita pelos integrantes, tentando sempre trazer algo novo para o público da banda.
Em agosto desse ano, a banda obteve um ótimo resultado no 5° Festival de Bandas, organizado pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), ficando em segundo lugar. Para quem quiser ouvir a banda ao vivo, eles irão tocar no bar “Santa Ceva”, dia 11 de outubro. Para quem quiser conhecer mais sobre a história da banda acesse: www.outhousebb.blogspot.com .

Artur Aguiar e os Colhedores de Algodão: Também uma banda de Santa Maria que tem três anos de existência e que faz um som guiado pelo Blues elétrico com pegadas de Funk, Soul e Rock. A banda é formada pelo vocalista e guitarrista Artur Aguiar, o baixista Cezar Marqueri, o baterista Rafael Berlezi e pelo tecladista Fabrício Fortes.
Mesclando um Blues pesado com o tradicional, a banda vai levando suas músicas com composições próprias. As suas composições, todas em português, trazem um o cotidiano de um verdadeiro bluseiro, com elementos subjetivos. Segundo os integrantes, as influências da banda seriam as seguintes: Abert King, Buddy Guy, Otis Hush, Ray Charles, Stivie Ray Vaughan, Eric clapton, Cactus, Joe Spencer, Blues Explosion, Jhonny Winter, dentre outros.
A banda lançou um CD em 2005, onde apresentou 8 músicas entre composições próprias e convers de grandes clássicos do Blues. Eles participaram do 26° Pró-Música, onde abordamos a relação entre música e carros.

Jayme Caetano Braum: Pajador missioneiro apresentado no 2º Pró-Música que contou com a participação do jornalista Chico Sosa. Faz parte dos denominados “Troncos Missioneiros” e traz em suas pajadas a virtuose da improvisação além da crítica social tão presente na música Missioneira.
O autor de poesias e de livros permite que o ouvinte perceba a riqueza da música regional do Rio Grande do Sul, afirmando a força do local e ampliando a percepção da riqueza musical do nosso Estado. Consegue com suas pajadas fazer uma narrativa perfeita dos momentos da vida campeira, transmitindo a mesma emoção do momento inspirador da sua arte. Exemplo disso é a pajada “Buchincho”, onde conta o entrevero que teve em um baile de campanha.
Jayme Caetano Braun teve por muito tempo um programa na Rádio Gaúcha. Foi amigo intimo de Mário Quintana, a quem dedicou uma de suas pajadas. Morto em 1999, Braun é necessário para o conhecimento da música da nossa região. E como poeta que era, nada melhor que terminar com suas palavras: “Eu somente quero ser / a mais apagada imagem / deste Rio Grande selvagem / que até morto hei de querer!”.

Vitor Ramil: Este compositor, cantor, músico e escritor pelotense, já consolidado como um dos grandes nomes da música gaúcha, foi o entrevistado na 35ª edição do Pró-Música, quando tratamos de Releituras. No entanto, enquadrar este artista neste tema é quase uma injustiça se considerarmos o nível das poesias e melodias criadas por ele. O irmão mais novo de Kleiton e Kledir assume a herança da música gaúcha e a transforma, fazendo do regional o universal através de misturas inusitadas e não menos brilhantes, capazes de levar milongas para passear em lugares nunca antes imaginados.
Vitor Ramil acabou de lançar seu oitavo Cd, intitulado ‘Satolep Sambatown’, o qual foi gravado em parceria com o percussionista carioca Marcos Suzano. O novo trabalho dá novos ares à proposta desenvolvida pelo gaúcho desde 1997, quando criou a denominada ‘Estética do Frio’, fundamentada em um livro de mesmo nome, lançado juntamente com o CD ‘Ramilonga’. Vitor diz que o novo disco é o seu melhor, mas enquanto não conferimos suas novas músicas apontamos o Cd Tambong, de 2000, como a melhor opção para conhecer o artista.

Os Cd’s da Outhouse Birinight Band e da Artur Aguiar e os Colhedores de Algodão, gravados no Pró-Música, podem ser ouvidos e baixados no site do programa, assim como todas as edições do Pró-Música. O endereço é www.ufsm.br/promusica.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Nas ondas do Blog!


Olá!
É, estou vindo com mais freqüência que de costume a esse ciberespaço. Resolvi mudar a característica de textos esporádicos, para uma atualização diária (até quando vou conseguir). Por isso, hoje quero sugerir que ouçam meu programa de rádio, o Pró-Música, que está com uma temática muito interessante. Blogs como meio de discussão e resgate musical:
E veio a Aldeia Global. O regional torna-se mundial, não há mais recantos inexplorados. Estamos todos em um mesmo contexto, na mesma dimensão, ligados através de vias virtuais. As fronteiras caíram, e uma sociedade comum soergueu-se sobre as facilidades de interação via internet.
A internet possibilitou contatos praticamente impossíveis, dadas intransponíveis barreiras idiomáticas e geográficas que se reduziram a um simples clique no mouse. Nesse ambiente, os conhecimentos circulam livremente como em uma highway, e a música não fica para traz. Dentro desse aparato tecnológico, ela é tema de muito interesse, e alimenta grandes polêmicas virtuais, especialmente no campo do direito autoral e das grandes cifras que costuma movimentar.
O Pró-Música de hoje, contudo, deixa as polêmicas de lado e traz alguns blogs que perpetuam e espalham boa música e conhecimento pela infinita highway da informação. Conversando com o pessoal do programa, estão o jornalista Ricardo Noblat e o estudioso de blues, Marcus Mikhail.

Baixe aqui: http://www.4shared.com/file/24491014/d7db1341/40-_A_msica_atravs_dos_blogs_com_Ricardo_Noblat_e_Marcus_Mikhail.html
O programa vai ao ar toda quarta-feira, às 23h, pelos 800 AM da Rádio Universidade ou no site www.ufsm.br/radio e sexta-feira, pela Web Rádio Universitária, em http://www.radiouniversitaria.com.br/

P.S.: Agradecimento especial ao meu amigo Marcus Mikhail!

PRÓ-MÚSICA
www.ufsm.br/promusica

Espero que vocês gostem!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Icky Thump, Peso clássico


A banda de rock ‘The White Stripes’ lançou no final do mês de junho o seu sexto álbum, ‘Icky Thump’, uma das melhores obras da dupla de Detroit (EUA), formada por Jack e Meg White.
Jack e Meg White na capa de seu novo álbum.
O duo de rock lançou seu primeiro álbum em 1999. Nesses oito anos de carreira, a banda já alcançou marcas invejáveis, se tornando referência do rock de garagem e do estilo minimalista, característico pela batida repetitiva e hipnótica. Com o CD ‘Elephant’, a banda ganhou dois prêmios no ‘Grammy’: melhor álbum de rock alternativo e melhor canção de rock do ano, com ‘Seven Nation Army’.
Porém, o que mais chama atenção nessa banda e o que a diferencia das demais é misturar sons tradicionais, como blues, folk e puro rock & roll, com batidas eletrônicas. Jack White se lançou ano passado com um projeto solo, a banda ‘The Raconteurs’, trabalho paralelo ao ‘The White Stripes’. Logo se ouviu rumores de que a banda havia acabado. Esses boatos caíram por terra quando, no final do mês de junho, a dupla lançou ‘Icky Thump’, talvez o melhor álbum da banda. Maduro e consistente, mantendo a pegada experimental, só que de forma mais acentuada.
Antes do lançamento do CD com todas as músicas, o ‘The White Stripes’ lançou dois discos de vinil, com um ‘single’ da banda cada. O disco que leva a música ‘Icky Thump’ já é o vinil de um único ‘single’ mais vendido do Reino Unido, com dez mil cópias comercializadas em apenas dois dias. Esses vinis têm duas cores: o ‘Icky Thump’ é branco e o ‘Rag and Bone’ é vermelho, cores características da dupla.
Além dessas duas músicas, o CD conta com mais 11 canções. Ouvindo as 13 faixas, se pode captar a essência da banda. Em ‘300mph Torrential Outpoor Blues’ e ‘Catch Hell Blues’, o blues flui com uma viola ao estilo Robert Johnson. Já em ‘Prickly Thorn But Sweetly Warn’, a gaita de fole do folk substitui a guitarra furiosa de Jack White. A fusão entre o folk e rock & roll em doses minimalistas se dá na próxima faixa do álbum, ‘St Andrew This Battle Is In The Ai’r. ‘Little Cream Soda’ é a canção que muda totalmente o estilo da banda e quebra a linearidade. Passa dos sons tradicionais para uma pegada quase ‘heavy metal’ com batidas eletrônicas.
Assim como no segundo álbum da banda, o ‘De Stijl’, de 2000, quando homenagearam um movimento filosófico holandês, o ‘Icky Thump’ também tem uma temática definida. Ele fala da imigração anglo-saxônica para terras americanas. ‘Icky Thump’ é um álbum genial de uma banda genial. Para quem gosta do bom rock & roll de raiz no século XXI, que fuja da linearidade e da classificação de estilos, esta é uma boa opção.

P.S.: Já escrevi um texto sobre o Icky thump em outra postagem, mas mesmo assim, ai vai um texto mais detalhado que escrevi para uma disciplina da faculdade.

sábado, 15 de setembro de 2007

Blues parafraseado...

Despois das férias e de um tempo de subjetividade absoluta, volto as atividades. Hoje quero fazer uma recomendação com as palavras de outra pessoa.

Viajando por blogs de blues, me agradou o encarte de um CD. Resolvi baixar pra ver se o som correspondia à arte da capa. Era muito melhor. Tratava-se da banda sueca Doctor Blues. Foi amor à primeira audição! O Blues dançante com vocais carregados de interpretação da linda Karin Rudefelt.

Fiquei muito fã da banda, mas achei apenas 4 músicas na internet. Certo dia, sem pretensão nenhuma, resolvi deixar um recado no site da banda. Alguns dias depois encontrei no meu e-mail a resposta, assinada pelo guitarrista e líder da banda, Lennart Olofsson. Começamos a nos corresponder, contei que no Brasil era quase impossível encontrar um CD da banda e que também tínhamos uma cena blues interessante. Lennart solidarizou-se e resolveu enviar-me os dois CDs da banda!

Bom, disse que ia receitar essa banda com as palavras de outra pessoa. Essa pessoa é o meu amigo Marcus Mikhail, do blog Blues Masters (http://www.bluesmasters.blogspot.com/). Ele além de fazer uma ótima resenha sobre a banda, entrevistou Karin. Então vamos ao texto de Marcus sobre Doctor Blues e depois a entrevista com a vocalista da banda, Karin Rudefelt.

DOCTOR BLUES (RETIRADO DO BLOG http://www.bluesmasters.blogspot.com/ )

Podemos considerar que o Doctor Blues começou quando o músico sueco Lennart Olofsson encontrou o dinamarquês Dan Bindel em 1980. Suas influências eram o blues do Delta (onde Dan dominava no slide), o estilo mais pesado de Chicago e também o blues inglês da década de 1960. A primeira apresentação do grupo ocorreu em 1981. A banda se firmou na cena de blues especialmente no sul da Suécia assim como na Dinamarca e até o momento passaram pelo grupo até vinte músicos diferentes. Com as diversas formações que teve, o Doctor Blues se apresentou de trio a sexteto ajustando sempre seu repertório de covers a formação. Com o tempo Lennart começou a compor suas próprias composições.
O passo fundamental para a história da banda aconteceu em 1996 quando Karin Rudefelt assume os vocais. Desde então, a banda passa a se chamar “Karin Rudefelt & Doctor Blues”. O primeiro álbum “No Pain No Gain” foi lançado em 2003. Algumas gravações começaram a tocar em rádios italianas, suecas e inclusive rádios americana. E foi dos EUA que partiram elogios à banda através da Blues Revue Magazine. A partir daí, o grupo tocou nos mais diversos clubes de toda Suécia e participou de festivais importantes na Europa. Cada vez mais a banda procura introduzir inovações em seu som e investe em material próprio sem esquecer das características tradicionais do Blues.
Essa crescente evolução da banda e a excelente repercussão do primeiro disco, despertou o interesse de produtores europeus para a concretização do segundo registro oficial da banda: “Breakin’ The Chain”, finalizado e lançado em 2006.
Karin Rudefelt & Doctor Blues é:
Karin Rudefelt – vocalLennart Olofsson – guitarra e vocalAnders Wemming – guitarra, slide e harmônica
Lennart Lundberg – baixo
Tobias Magnusson – bateria

Mais informações: Official Website / My Space
Para conhecer o som da banda:
You Need a Roadmap (de "No Pain No Gain" - 2003)
My Man Won't Set Me Free (de "Breakin' The Chain" - 2006)

Karin Rudefelt é vocalista da banda sueca Doctor Blues a mais de 10 anos. A banda já apareceu aqui anteriormente e Karin concedeu uma entrevista ao Blues Masters. Ela conta curiosidades de sua carreira e até o que gostaria de escutar dos músicos de blues aqui do Brasil.


BLUES MASTERS: Você se juntou ao Dr Blues em 1997. Como era sua carreira musical antes dessa data ?KARIN RUDEFELT: A primeira banda que participei era na época uma banda punk. Estive em diversas bandas desde o começo do anos 90. Com o Doctor Blues me senti em casa, e já é a banda na qual passei mais tempo como vocalista.


BM: Consegue lembrar qual foi a música ou álbum que causou tanto impacto em você, fazendo com que tomasse a decisão de seguir a carreira musical ? KR: Eu até gostaria, mas não acho que é possível escolher apenas um agora. Mas posso lembrar que sempre tive uma necessidade quase compulsiva de cantar em diferentes estilos, sempre tentando soltar minha voz colocando meu próprio estilo. Tenho uma enorme admiração por vozes em geral.

BM: Quais cantoras de Blues mais te influenciam? KR: Bonnie Raitt, sem dúvida. Ela é única. Eu me deparei com um CD dela em uma loja em Los Angeles em 1995. Lembro que no momento pensei que aquele era um álbum ‘bluesy’ demais para gastar um dólar nele. Mas, acabou se tornando o dinheiro mais bem gasto! Ela me arrebatou completamente e continua me inspirando mais e mais. Obviamente, existem muitas outras importantes a serem mencionados aqui, como: Beth Hart, Norah Jones, Eve Cassidy, Aretha Franklin, Sheryl Crow, Sass Jordan…

BM: Algum artista em especial na Suécia influenciou sua carreira musical ?KR: A artista sueca de Blues/Rock/Pop Louise Hoffsten teve uma grande influência sobre mim no começo. Ela é uma incrível e versátil compositora. Cantei muitas vezes suas composições em diversas bandas. Tudo que Louise faz é enraizado no blues, algo que eu não percebia quando era mais jovem. Então, quando tive a chance de cantar blues realizei tudo que queria. Apenas não tinha rotulado aquilo como blues. Louise também toca harmônica e é uma pessoa muito simpática. You go girl! Se você quiser conferir seu trabalho, recomendo especialmente os álbuns Rhythm & Blonde (1993) e Six (1995).

BM: Tenho observado através de pesquisas uma quantidade enorme de bandas de blues na Europa. Como tem sido a aceitação do som do Dr. Blues dentro e fora da Suécia ? KR: A Internet criou oportunidades maravilhosas para contatar pessoas (como agora !). Sei que nossa música é tocada freqüentemente em rádios da Itália e da Macedônia, o que é muito bom! Na Suécia nós temos bons comentários de nossos shows e diversos lugares realmente legais para tocar. Tocar em lugares diferentes pode ser atualmente um grande caminho para conhecer seu país.

BM: Desde que publiquei a história do grupo no blog, venho recebendo comentários positivos sobre o som da banda! E a aceitação de sua música nos EUA ?KR: É ótimo escutar isso! Nós tivemos muitos comentários positivos a respeito de nosso primeiro álbum, auto-intitulado Doctor Blues, na maior revista de blues da América, Blues Revue. Existe uma curta e curiosa história sobre isso: Lennart (guitarra) colocou um CD nosso em um envelope e escreveu “smoke this Swedish blues” – sem carta ou qualquer outra coisa- e enviou para a Blues Revue. Algumas semanas depois nós tivemos o comentário na revista.

BM: Conte-nos mais a respeito dos festivais de blues na Europa. KR: Devo admitir que não tenho muito conhecimento sobre o blues na Europa. O blues tem sido sempre americano e sueco para mim. Gostaria de ir a mais festivais na Europa e é claro que existem grandes bandas esperando para serem descobertas a muito tempo.

BM: Como compara a aceitação dos álbuns “No Pain No Gain” e “Breakin’ The Chain” ?KR: Faz sentido dizer que o primeiro álbum teve mais atenção, talvez por ser o primeiro. É um pouco mais tradicional – mais ‘old school’. "Breakin’ The Chain" é mais experimental, mais versátil, com mais influências de outros gêneros. Acho que o próximo será assim também. Gosto quando o blues é misturado com o rock, funk ou soul.

BM: Algum novo trabalho pronto para ser lançado pelo Dr. Blues ? KR: Estamos pensando entrar em estúdio novamente no outono. Mas é claro que sempre vou continuar atenta a aceitação dos trabalhos anteriores.

BM: Alguma chance de ver a banda na América do Sul em breve ?
KR: Se você nos contratar, nós vamos! (risos) Seria maravilhoso! Eu nunca fui até a Américia do Sul e adoraria ir! Infelizmente, não temos planos para isso no momento.

BM: Obrigado pela entrevista! Deixe seu recado para os leitores do Blues Masters e fãs do Blues no Brasil. KR: Como falei anteriormente, adoro quando o blues se desenvolve e interage com outros gêneros. Acredito que o blues vem sendo protegido de forma muito tradicional e precisa se desenvolver para manter o interesse do público e também conquistar os músicos mais jovens. Desafio seus leitores a fazerem sua própria mistura de ‘hot blues’ com ‘hot samba’ com alguns instrumentos de percussão. Isso que eu gostaria de ouvir!

Para ver o que já foi publicado sobre Karin Rudefelt & Dr. Blues clique aqui .
Doctor Blues Official Website

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Diáspora!


Nirvana está apropriado para o momento. Depois de um belo banho nas águas poluídas da realidade, partimos para a última batalha dessa guerra. Ele parecia inofensivo! Porém lutamos com dignidade. Nosso oponente tinha poderes tão velhos quanto mágicos que se fizeram mais fortes do que qualquer arma que apresentássemos.
Caímos
Depois de voar merecidamente, mergulhamos no mar da realidade e nos deixamos afogar para amanha acordar e voltar a viver morrendo.
Não sei o porquê, só sei que é tristeza...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Mecânica!

As nuvens em penumbra, o vulto dos morros, as luzes difusas na névoa e no álcool. Quando um hiato arranca sorrisos e deforma a planície de água, levando consigo pedaços da terra.

A freqüência modula, modula, até encontrar o devastador ponto de equilíbrio, para que subtamente uma força eletromotriz coloque em movimento o motor a vapor. A vela está acesa! Tudo começa a funcionar, o combustível tão negro quanto o petróleo e tão claro quanto o álcool, que faz com que AUTOfalantes, digam frases AUTOmáticas.

Ciclos viciosos a parte, alguém acredita? O frio passa a ser pretexto.

(O surrealismo não passa de desculpa para minha loucura lúcida)

domingo, 26 de agosto de 2007

Um dia você vai servir a alguém


O post de hoje é sobre algo que conheci há poucos dias, mas que me conquistou nas primeiras frases. É a versão feita pelo cantor gaúcho Vitor Ramil, da música “Gotta Serve Somebody” do incansável Bob Dylan. Confesso que pouco conhecia sobre a carreira de Vitor Ramil, mas me impressionei com a roupagem brasileira que ele deu as idéias do Bob. Ramil juntou algumas Idiossincrasias tupiniquins e ao lado do ótimo letrista Lenine, bradou um retrato perfeito da sociedade brasileira.
Em entrevista ao meu programa de rádio, Vitor fala com é vercionar um gênio como Bob Dylan: “(...)Pra mim é muito desafiador a forma dele. Eu sou muito simétrico e não sou um letrista verborrágico, e o Dylan é totalmente o contrário disso. É um cara que as letras, além de serem grandes, são de uma forma, do ponto de vista da melodia, caótica. Cada verso ela canta de um jeito(...)”.

A música se encontra no álbum Tambong, de 2000. Vejamos a letra então:

Você pode ser rei no país do futebol
Pode ser viciado em bingo e nunca ver a luz do sol
Você pode ser um mago e vender livros de montão
Pode ser uma socialite, enriquecer vendendo pão

Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Pode ser incendiário e fazer um índio arder
Você pode ser o índio vendo a chama acender
Pode ser um bom ladrão, pode ser um mau juiz
Pode ter um passado limpo, pode ter uma cicatriz

Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Você pode estar na mídia sem saber porque
Você pode ser dono de uma rede de TV
Você pode dar o fora tendo tudo pra ficar
Adotar um nome diferente, você pode mesmo se isolar

Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Você pode trabalhar na construção civil
Pode estar desempregado, com a vida por um fio
Você pode ter poder, fazer coisas que ninguém fizer
Pode ter mulheres numa jaula, pode ter as drogas que quiser
Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Você pode desejar a cura com Lacan
Você pode procurar os serviços de um xamã
Você pode ser um pregador, chutar os santos do altar
Você pode ter um bom discurso, você pode nem saber falar

Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Você pode ser demente, pode ser doutor
Você pode ser sincero, pode ter rancor
Você pode ser um crente, você pode ser ateu
Pode ser um leitor vaidoso ou uma miss que nunca leu

Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Você pode ser turco, pode ser nissei
Pode estar ali na esquina, estar onde jamais pensei
Você pode me adular, você pode me esquecer
Você pode estar me ouvindo agora, você pode mesmo nem saber

Mas um dia vai servir a alguém, é
Um dia vai servir a alguém
Seja ao diabo
Ou seja a Deus
Um dia você vai servir a alguém

Bom, aí vai o link caso queira ou ouvir o meu programa de rádio onde tratamos de versões e entrevistamos Vitor Ramil.

http://www.rotasulbus.com/promusica800am/pm35.html

Por hoje era só! Grande abraço!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Everyday I have the Blues!


Este momento é bastante importante para meu futuro! Mas minha vitrola, assim como a do maçante “Claudio Zoli”, toca um B.B.King que incessantemente me diz “Everyday I have the Blues”! Cheguei à conclusão que isso não é por acaso: Estou tentando mudar a conduta da minha vida, usar rédeas mas ágeis e que não me deixem padecer no limbo da preguiça. Quero saber tudo sobre tudo. Quero escrever tudo sobre tudo. Quero ouvir tudo sobre tudo. Quero ver tudo sobre tudo. Quero sentir tudo sobre tudo. Enfim, quero viver. Quero me liberar das ataduras ideológicas, quero aplaudir meus verdadeiros amigos e sorrir cinicamente para aqueles que acham que me enganam quando dizem ser meus amigos!

Quero não estar nem ai! Quero ter a responsabilidade necessária. Quero conhecer mais pessoas que também gostem de ter amigos e de rir de alguma besteira!

E a silhueta negra agarrada a uma potente instrumento de metal que me passa a seguinte mensagem: “Everyday I have the Blues”!

É, vou seguir o seu conselho!

sábado, 4 de agosto de 2007

Curiosidade de outro mundo!

Muito tempo depois, volto a postar. Bom, fiz uma entrevista para um programa de rádio e ai, pelo teor e pela profundidade eu resolvi transcrever e postar aqui no meu blog. Desde que era bem pequeno, estavam no meu imaginário os ET’s. Confesso que mais por medo do que por atração. Mas sempre tive uma curiosidade infernal, que mesmo tremendo de medo, obrigava-me a assistir os Globo Repórteres da vida sobre esses seres.
Foi então que me destinaram a função de entrevistar um Ufólogo! Momento único para matar minha curiosidade. Só que a dose foi tão cavalar que ao invés de diminuir, minha curiosidade aumentou e fiquei com mais vontade de conhecer esses seres.
Meu entrevistado é Marco Antônio Petit, umdos maiores ufólogos do Brasil! Confira o currículo tirado da Revista Ufo, a qual é foi um dos criadores e co-editor:


- O que é Ufologia e quando ela surgiu?
Ufologia é a ciência que estuda os chamados objetos voadores não identificados, cujo a sigla em português é OVNI e em inglês UFO, ou os popularmente conhecidos disco voadores, e tudo que tem há ver com esse tipo de temática. Porque as pessoas pensam, por exemplo, que o ufólogo está apenas interessado em provar a existência ou não de discos voadores. Isso não é verdade! Os estudos se iniciaram, em termos civis e militares, a partir do ano de 1947, inicialmente nos EUA, e depois se alastraram pelo resto do mundo. Visando entender, após a confirmação da realidade desse fenômeno, o que existe por trás tipo da presença desses objetos, dessas naves, e das suas tripulações.

- Depois de 32 anos de pesquisa, que conclusão você chegou com relação à existência de seres extraterrestres?
Quando eu comecei a investigar o assunto, buscava evidências da veracidade da Ufologia. Uma coisa é você acreditar em algo, outra coisa é você ter certeza que a coisa existe a partir de um nível de evidência. E a partir de 1975, nós começamos a travar contato com materiais que mostravam que isso existe, independente das dificuldades da nossa ciência em mostrar como essas naves podem vencer os chamados “abismos interestelares”. Ou seja, para chegar aqui a partir de mundos que giram em torno de outras estrelas de nossa galáxia. O fato é que a evidência da presença do fenômeno, há várias décadas, é inquestionável. Nós temos provas de radar, fotografias, imagens feitas até por astronautas até na lua, que nós temos tido acesso mais recentemente. Existe uma vasta documentação, mesmo aqui no Brasil, no meio militar. Até através de contatos que foram mantidos pelas nossas forças armadas, direto com esse fenômeno. Isso vem sendo ainda hoje acobertado. Mas esse material, por força até da vontade dos militares que são contra o processo de acobertamento, tem chegado as nossas mãos e nós temos divulgado através da Revista UFO, através dos meus livros, programa de TV, rádio e etc. Ou seja, o nosso objetivo é fazer chegar ao maior número possível de pessoas, esse tipo de evidência, que é realmente uma coisa incontestável.

- Pode me contar um pouco sobre suas obras?
Parte desses livros é dedicada a explicar o que existe por trás da presença de... Aí eu não diria de uma civilização, mas dessas várias civilizações que atuam aqui. Porque uma das evidências que nós temos é que o nosso planeta vem sendo visitado, não só no tempo atual, mas também no passado, por várias civilizações distintas. Nós falamos a respeito disso a partir do grau de diferenciação não só do nível de determinadas tecnologias conhecidas através dos contatos, mas também pelas formas diferenciadas como as tripulações costumam se apresentar em experiências de contato não só no Brasil, como no exterior. Então parte desses meus livros são dedicados a apresentar as explicações para o que está acontecendo. O que essas civilizações estão fazendo aqui? Qual é o objetivo? Se são positivos ou não. Já o meu último livro, o sexto: “UFO’s – Arquivo confidencial: Um Mergulho na Ufologia Militar Brasileira”, vem justamente como uma definição objetiva daquilo que nossas forças armadas tem como comprovar a realidade desse fenômeno. Nós estamos apresentando dezenas de documentos oficiais das forças armadas. Nós coletamos depoimentos de vários militares de várias patentes, chegando ao nível de almirantes e brigadeiros, por exemplo. Falamos claramente daqueles que foram os principais casos de investigação oficial sigilosa, que ocorreram dentro da Força Aérea Brasileira nos últimos anos. É importante para provar para pessoas que ainda não acreditam.

- Você tem uma teoria que a origem humana se deu através do extraterreste, como é isso?
Esse tema justamente é o que eu tive o interesse maior, desde o meu início na Ufologia. Meu objetivo ao entrar nessa ciência era testar uma possibilidade que eu já pensava, de parte do que acontece na atualidade, em termos desses contatos, estar relacionado a mistérios do nosso passado. Inclusive a própria origem do homem e da vida aqui do nosso planeta. Um dos aspectos mais interessantes que nós convivemos na Ufologia já há muito tempo, foi a constatação de que algumas dessas raças que nos visitam ainda hoje, são exatamente iguais a forma do homem . Quer dizer, seria difícil você admitir que em mundos criados a partir de processos de evolução biológica diferenciados, separados por anos luz de distância, fossem surgir seres exatamente iguais. A resposta para isso foi a minha teoria, que tem por base as informações que vêm sendo recebidas através de contatos com esses seres de aspecto humano. Esses seres, em poucas palavras, afirmam que não só a forma humana foi implantada aqui na Terra através de um processo de povoação, feito por essas mesmas civilizações em um passado “remotíssimo”; mas que toda a vida do planeta é fruto de um processo de semeadura feito aqui a bilhões de anos atrás. Que já visava no futuro, que é o nosso passado hoje, o estabelecimento de uma colônia deles próprios aqui. Agora isso, evidentemente, quando eu comecei a ter contato com essas informações, podia parecer uma mera ficção de pessoas que se diziam contatadas. Só que eu pude, ao longo de quase 30 anos de investigação, reunir uma série de evidências dentro da área da arqueologia, antropologia e da paleontologia, que confirmam, detalhe por detalhe, o que esses seres têm passado através desses contatos. Inclusive vários dos elos perdidos que nós temos na cadeia que resultou, supostamente, no aparecimento de nossa espécie aqui na terra, são explicados de maneira bastante clara através das informações passadas pelos contatos. Agora, dentro da própria área acadêmica da paleontologia, nós encontramos evidências da presença de seres exatamente iguais a nós, já que usavam sapatos com formas semelhantes aos atuais. Isso foi encontrado em forma de pegadas que foram achadas nos últimos 30 anos em várias partes do nosso planeta, solidificadas em rochas e que datam de períodos anteriores ao aparecimento dos dinossauros. As pegadas mais antigas datam de aproximadamente de 500 milhões de anos. Justamente na época em que nossa ciência afirma que a vida começou a se multiplicar aqui.

- Você disse que existem vários tipos de extraterrestre, qual deles criou a raça humana?
O termo criar não seria o mais apropriado. O que eles falam, é que num passado muito remoto, onde as suas civilizações atingiram a condição de viajar e vencer as distâncias que nos separavam de outros sistemas solares; houve então um projeto de semear não só as suas formas de vidas e mundos mais novos, como também começaram a interferir na evolução da vida nesses mundos, fazendo essa vida evoluir mais rapidamente. E eles dizem nos contatos que o nosso planeta foi um dos achados e selecionados para esse tipo de processo. Isso a milhões de anos atrás. Então depois de eles começarem a interferir na evolução aqui da terra, quando as condições ambientais do nosso planeta começaram a germinar, chegou o momento de implantar as suas próprias civilizações em vários pontos da Terra. Segundo eles, isso foi feito. Só que, segundo eles, em determinado momento ocorreu um grande cataclisma no nosso planeta, gerado por um aumento repentino da atividade do nosso sol. Segundo eles, toda a civilização aqui implantada foi destruída. Partes daqueles continentes da época submergiram, outras partes ganharam altura, ficando superior ao nível do mar. Mas a parte pior nessa história, segundo eles, não foi a destruição da civilização implantada por eles aqui, e sim, um processo de regressão biológica. Aqueles sobreviventes do cataclisma começaram a gerar, através de mutações negativas, seres cada vez mais primitivos, a partir dessa incidência de raios cósmicos gerado pelo aumento da atividade solar. Então eles dão a entender que nossos ancestrais não teriam como antecessores seres ainda mais primitivos, e sim que eram fruto desse processo de intercâmbio biológico. O incrível disso tudo é que existem fósseis muito mais remotos do que outros mais recentes e que são mais semelhantes ao homem atual, do que os mais próximos de nós. Isso é uma coisa que nossa antropologia não consegue explicar. Agora, segundo eles, depois que houve essa queda do homem, como eles chamam, nós mergulhamos na barbárie. Quando as condições do nosso sistema solar voltaram a um estado de equilíbrio, tendo uma atividade normal, isso parece que demorou cerca de 3 mil anos, eles voltaram a ter contato com o planeta e encontraram o homem desfigurado, regredido... Aí eles começaram um processo que ainda hoje está na sua fase final, que é um processo de intervenção genética feita através das chamadas abduções, com o objetivo de faze-lo voltar a aquilo que ele foi quando aqui foi deixado, num passado remoto.

- Essas abduções seriam um controle genético?
Justamente, uma parcela muito forte é feita ainda hoje dentro desse processo de intervenção genética, que muitos pesquisadores até hoje ainda não entendem o sentido por trás disso. Quando o homem reapareceu, não tinha nenhum nível cultural. Aí que começa a época do nosso passado em que a gente pode chamar da época dos deuses, onde eles desciam para esse tipo de intervenção, eram confundidos com anjos, divindades, criaturas sobrenaturais. Passavam informações que hoje nós estamos recobrando através de nossas lendas que fazem menção a presença e dessa atuação nesse passado, agora não tão remoto. Não em nível de milhões de anos, e sim de milhares de anos atrás. Existem coisas que acontecem hoje em dia na Ufologia mundial que não fazem parte desse processo de intervenção. Não estamos livres que uma determinada civilização esteja chegando ao nosso planeta com uma nave pela primeira vez agora. Mas a maior parcela do cenário Ufológico é intimamente relacionada a esse aspecto passado que nos liga a essa civilização. Então o que está acontecendo hoje, além desse passo final de restabelecimento da nossa espécie, é uma preparação para o dia em que o homem estará se reintegrando a essa espécie de comunidade, da qual ele mesmo fez parte no passado. Nós temos até a data para esse fato, 1,9 bilhões de anos. Chegamos até essa data a partir da comparação entre a história que esses seres tem contado e com os estudos que estamos fazendo.

- Nas intervenções de conhecimento podem ter surgido alguns dos ícones da história do ser humano, como as pirâmides no Egito?
Todos os povos cultos do nosso passado, como a civilização egípcia, os maias, os astecas e outras do oriente, nasceram através de um mesmo tipo de situação: um momento em que deuses que tinham uma forma humana realmente, trazendo conhecimentos. Justamente a base para o desenvolvimento de tais civilizações. Eu não acredito que os extraplanetários tenham construído diretamente as pirâmides. Mas que elas foram construídas com conhecimentos externos, dos chamados deuses, eu não tenho a menor dúvida com relação a isso. E todos esses povos, em determinado momento, viveram uma coisa que é comum a todos eles: um momento em que esses deuses haviam descido trazendo a civilização para o planeta, eles chegavam e diziam o seguinte: “estamos partindo pro céu e no futuro voltaremos”. Ao mesmo tempo em que eles deixaram esses contatos diretos, eles prometeram a volta, e isso que está sendo trabalhado agora.

- Toda as suas teses são baseadas em depoimentos de extraterrestes. Como funciona essa comunicação? Como se dão esses contatos?
Eles acontecem de três maneiras distintas. Em determinados casos, seres que estão contatando as pessoas que foram abduzidas conseguem falar a língua nativa da pessoa que está contatando. Isso pode parecer uma coisa surpreendente, mas não é a partir do momento em que fica sabendo que eles acompanham nossa humanidade desde as mais remotas épocas. Esse é o primeiro tipo. Em outros casos, a maioria, esses seres se comunicam via telepatia mental. Aí deixa de existir a barreira lingüística já que está se passando idéias. Aquilo que nós chamamos de paranormal, para eles é a normalidade. Nós vamos ter esse tipo de convicção a partir dessa evolução final que estamos para sofrer. A terceira opção, que eu conheço até pessoalmente alguns casos em que essa situação aconteceu, inclusive um desses casos é com um amigo aqui do Brasil. Ele foi abduzido junto com duas pessoas no estado de Tocantins em 1980. No caso dele, a comunicação foi feita a partir do momento em que colocaram, dentro do seu peito, um aparelho de tradução simultânea. A partir desse aparelho que aconteceu a comunicação.

- Você já teve contato direto com eles?
A maior parte dos pesquisadores nunca viram nada, eles só pesquisam casos que aconteceram com terceiros. Agora, eu, por força da minha atividade e pesquisa de campo... por exemplo, eu fui morara em uma região aqui do interior do estado do Rio de Janeiro, em 1985, onde o fenômeno é extremamente atuante, é a Serra da Beleza, que fica ao sudoeste do RJ. Lá o difícil é encontrar uma família que não tenha pelo menos um dos seus membros testemunha direta do fenômeno na região. Por força de morar lá e de investigar centenas de casos, eu acabei tendo a oportunidade não só de observar por várias vezes esses objetos, mas a partir de 1988 conseguir as primeiras fotografias. Esse trabalho acabou sendo lançado na forma de um livro, o meu quinto livro: “OVNIs na Serra da Beleza”, que trata de apresentar não só essas minhas experiências profissionais, mas também de apresentar dezenas e dezenas dos casos mais importantes dos moradores da região. Inclusive dentre essas testemunhas que eu apresento tem vários militares que participaram de experiência e avistamento de aeronaves ou sondas ufológicas, nessa mesma área. Que foi investigada pelo próprio exército brasileiro no passado, e que periodicamente ainda recebe grupos de três ou quatro agentes da força aérea.

- Porque o interesse nessa área? É por alguma preferência geográfica? É por ser uma serra?
Existe o que a gente chama de área de incidência, que é o caso da Serra da Beleza. Existem outras no Brasil, e evidentemente no exterior. Algumas estão em serras e regiões montanhosas, mas outras estão no litoral, como na região da Atafona no norte do RJ. De área para área de incidência nós temos motivações distintas que levam uma ou mais dessas civilizações estarem atuando. Na Serra da Beleza, onde eu morei por mais de dez anos, analisando geologicamente, nós chegamos a conclusão que esse fenômeno atua lá provavelmente por um interesse energético da civilização que lá se manifesta em cima da Areia Monazítica. Essa é uma areia rica em um elemento químico radioativo que é o Tório. Nos constatamos que a área da Serra da Beleza é umas das áreas mais ricas em Areia Monazítica, não só do Brasil, mas também do mundo. Podemos apurar o seguinte: justamente nos sítios e fazendas daquela área, onde a Monazítica aparece em maior concentração, são os lugares onde o fenômeno é mais atuante. Eles provavelmente tem algum tipo de tecnologia que para nós pareceria ficção, que permite ter um aproveitamento de alguma maneira, para alguma finalidade da emanação radioativa natural desse elemento químico presente na areia.

- E essas civilizações têm nome? Você sabe mais ou menos quantas são?
Olha... Esse tipo de rotulação não faz parte do nosso trabalho. Mas o que a gente tem certeza é que grande parte das civilizações são originárias de planetas que giram em torno das estrelas da nossa própria galáxia. Principalmente daquelas estrelas mais próximas.

- Conhecemos um caso que ocorreu aqui em nossa cidade, onde um carro desligou suas atividades supostamente por força de um OVNI que se aproximava. Isso é normal acontecer?
Eu tenho casos exatamente iguais a esse. Tem um número muito grande desses casos, isso lá na Serra da Beleza. Mas isso acontece em termos mundiais. Esses objetos, por causa de seu campo magnético, interferem em qualquer tipo de material que tenha base elétrica. E por isso, o carro morre, nada funciona. Existem casos lá na Serra que de início as pessoas não tinha visto o OVNI ainda, o tempo estava ruim, bastante enevoado, mas o objeto já estava por cima, aí o carro morreu. Ele verificou que depois as luzes que ainda funcionavam apagaram-se totalmente. Foi quando o objeto se manifestou jogando um jato de luz sobre o veiculo. Isso é comum. Quando o objeto fica um tempo sobre o veiculo, mas vai embora rápido, o carro volta a funcionar rapidamente. Agora, quando essa presença se mantêm durante um tempo maior geralmente a bateria fica toda descarregada e o carro não vai pegar mesmo. Existe um caso desse tipo na Serra, aconteceu entre os distritos de Conservatória e Santa Isabel do Rio Preto, município de Valença, no sudoeste do RJ. Foi com um carro da polícia militar, era um fusquinha. O objeto chegou muito perto do veículo. Isso gerou um processo de entortamento de certos componentes do próprio motor do veículo, devido a esse efeito magnético.

- Mas como funcionam essas naves espaciais?

Aparentemente os veículos mais atrasados entre essas civilizações, utilizam uma propulsão eletromagnética, que gera esses efeitos nos carros, por exemplo, que cria alteradamente campos de atração e repulsão em relação a gravidade não só da Terra, mas dos demais astros. Então por isso que muitas vezes as pessoas vêem esses objetos fazendo o movimento de pêndulo sobre uma região. A interação entre esse magnetismo e a gravidade, acaba gerando um processo de anulação da gravidade. Esses objetos nem tocam na nossa atmosfera, isso é uma das coisas que as pessoas não conseguiam entender: como é que o objeto pode viajar tão rápido dentro da nossa atmosfera sem sofrerem um aquecimento da sua superfície externa? Isso porque, na verdade, o que tem contato seria o campo de energia e não o próprio metal. Esses objetos para vencerem as distâncias, utilizam uma espécie de dimensão paralela onde a velocidade da luz teria um valor muito maior do que 300.000 Km/s. Por isso que eles podem chegar aqui e fazer essas viagens que pra nós são intransponíveis na atualidade.

- Como funciona essa dimensão paralela?
A idéia que se tem, além de ser uma informação que vem sendo dada através de contatos, é que já há hoje um desenvolvimento teórico. Aquilo que até hoje nós chamamos de contínuo espaço e tempo, é apenas uma das faixas de manifestação daquilo que chamamos de universo. Não que uma coisa seja separada da outra, existiria a matéria e vários padrões em termos de vibração. O que esses objetos fazem para chegar até aqui é o seguinte: eles elevam o seu padrão vibratório, deixam de estar físicos dentro da nossa dimensão. Nesse mesmo momento eles estão se tornando físicos nesse outro nível dimensional cuja base tem um padrão vibratório diferenciado. Por isso ali a velocidade tem um valor muito maior em termos do nosso contexto, o espaço e tempo. Existiriam vários níveis em que a matéria pode se manifestar em termos de diferenciação vibracional. Essa noção já é usada dentro de vários filmes de ficção científica como “Jornada nas Estrelas”. Essa dimensão paralela é chamada por alguns físicos da atualidade como “hiper-espaço”, mesmo nome presente na ficção.

- Você falou no cinema. O tema ET’s é um dos mais abordados pelo cinema, que filme você acredita que foi baseado na Ufologia, que não seja simplesmente sátira?
Olha, existem filmes que não tem a menor base em relação a realidade. Existem outros que ou foram produzidos baseados em casos conhecidos da Ufologia mundial, ou são baseados no que a própria Ufologia vem apurando. O filme “Contato imediato” tirando aquela parte do último contato, tudo o que o filme mostrou é o que acontece na Ufologia mundial, o que ela vem investigando. Alguns filmes são específicos, produzidos por Hollywood mesmo, que são de casos que foram reais, que ocorreram mesmo, como é o caso Roosevelt, que fala da queda de uma nave, no dia dois de junho de 47. O filme foi inspirado na própria história do militar que comandou o recolhimento da nave... Inclusive eu conheci o filho dele que esteve com os metais dessa nave em mãos. Outro filme que eu recomendo é o “Fogo no céu”, que é uma retratação, em parte pelo menos, da história de um americano que foi seqüestrado e ficou fora 5 dias. Acharam até que ele havia sido morto pelos seus companheiros lenhadores. Depois ele voltou e pode contar uma história que na verdade já vinha sendo contada pelos outros lenhadores que testemunharam a abdução dele. Filmes como “Independency Day”, não tem a menor ligação com a realidade. Tem uma proposta de agressividade de dominação do planeta, que não confere com o que a gente vem apurando. Se houvesse realmente um interesse de parte de alguma dessas civilizações eles já teriam praticado um ato desse nível há muito tempo. Não estariam esperando nós galgarmos certos patamares de conhecimento científico e tecnológico (WILLIAN: talvez esperando a gente dizimar o planeta) (risos).

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Leia e ouça!

Pra variar estou com pouco tempo para postar aqui. Mas achei um tempo entre as aulas, gravações, limpezas da bagunça do quarto e etc. Pois bem. Cá estou para passa a vocês duas dicas de álbum:

ICKY THUMB: Para mim, o melhor álbum do The White Stripes! Maduro, consistente e ao mesmo tempo experimental. Essa banda sempre foi caracterizada por unir o tradicional ao experimentalismo, com apenas dois integrantes. Porém essa união ficou muito interessante nesse CD.

Esse CD ainda não foi lançado, mas já está nos blogs de download da internet. O single lançado em EP, que leva o nome do CD, já bate recordes de venda. O EP tem visual vermelho, cor característica da dupla. A temática desse álbum é a imigração anglo-saxônica para terras americanas. (Detalhes que o CD vazou no ralo da internet, através de um programa de rádio, que recebeu, anonimamente, um CD com as faixas do álbum e tocou em primeira mão).

MUSE :

Uma banda britânica, que conheci agora, mas que já tem mais de oito anos de história na música. Trata-se de um trio que faz um som muito interessante e singular. Ao mesmo tempo em que é melódico, é pesado e irreverente. Mescla também muitos instrumentos clássicos com batidas eletrônicas. Já o vocal dá uma interpretação comovente às músicas!

A banda se diz influenciada pelos seguintes artistas: Jeff Buckley, Queen e Rage Against the Machine, entre muitos outros. Loucura não? Só sei que curti bastante essa loucura. Bom, vamos a discografia da banda:
-Showbiz (1999)
-Origin Of Symmetry (2001)
-Hullabaloo (2002)
-Absolution (2003)
-Black Holes and Revelations (2006)

Bom, era isso! Espero que gostem dessas dicas! Ah! Para encerrar, ouça o Pró-Música (meu prog de rádio), entrevistamos Zé do Caixão e Padre Quevedo! Está de arrepiar! Para fazer o download do programa acesse: www.ufsm.br/promusica

Abraço!!!


domingo, 3 de junho de 2007

Ordens do Sargento!



A falta de criatividade da imprensa cultural brasileira (principalmente a diária) é algo que não consigo engolir. O fato mais recente é os 40 anos do ‘Maior álbum de Rock’n Roll, de todos os tempos’, segundo a Revista Rolling Stone. Todo o editor de cultura e variedades ‘que se preste’, se pautou por essa data.

O problema que vejo não é todas as mídias culturais falarem sobre isso. Na verdade, o grande problema (que atinge grande parte do jornalismo), é a comodidade de ir buscar pautas no famoso ‘Guia dos Curiosos’. E o pior, não aprofundá-las.

Preguiça é algo que assombra o jornalismo em todos seus níveis.

Mas fugindo um pouco da crítica a imprensa, quem não conhece esse álbum, deve conhecê-lo. É um dos clássicos do Rock.

Pra quem quiser conhecer mais afundo o álbum, acesse:
http://www.speculum.art.br/mojo/download.php?a=26.1736.SGT PEPPERS.1981477899.pdf

Esse é o link para o Mojobook desse álbum. Para quem não conhece, o Mojo é um livro escrito ‘sobre’ um álbum! Para conhecer mais sobre essa nova literatura, vá até: http://www.mojobooks.com.br/.

Por agora era só!
Feito!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Início nada promissor!




Para variar criei um novo blog para expor minhas opiniões. Mais especificamente, tentarei trabalhar o Jornalismo Político/Opinativo. Também colocarei aqui, alguns resultados de pesquisas que faço, sobre o assunto. Atualmente, venho analisando a cobertura política realizada pela Revista Rolling Stone!
Bom, por agira era isso...
Pretendo ser mais assíduo nesse novo projeto!
Grande abraço!