domingo, 30 de dezembro de 2007

5841. Lonely Day (2:47)


Nunca vi um dezembro com tanta cara de agosto. Acordo sem coragem de conviver com o meu quarto e as coisas que me cercam. Há muito elas já me dão a sensação de estar preso e condenado à monotonia. Junto todas as minhas forças e empreendo-as no esforço de levantar e me alimentar. Na cozinha, o refinado menu é pão velho com chá fraco.

Depois dessa fortificante refeição, aplasto-me em frente a TV. Incrivelmente após um banho de futilidade, minhas forças aumentam, já passam de 3% do total. Corro para o computador e escrevo um texto que tirei da minha garganta. A muito estava ali engasgado. Desculpe se aticei sua curiosidade, esse é mais um daqueles textos que queríamos mostrar a todos, mas que por várias circunstâncias se torna impublicável.

Depois dessa enxurrada de emoções, minha vontade já bate recorde, comparando com os outros dias dessa semana. Alcancei cerca de 13%. Já consigo sair por ai, totalmente sem rumo. Apenas eu, as nuvens negras que cercam a minha cabeça, e minha discoteca ambulante, que me salvou de um silêncio mórbido. Mesmo com pessoas, poucas pessoas, pela rua, a sensação é de estar de passagem em uma cidade abandonada e pronta para ser arrasada por uma tormenta.

Voltando a música, ao apertar play, o que vem é uma melancólica canção argentina. NÃO! Minha auto-estima grita! Logo passo para um rock-blues que me conduz pelas ruas de Santa Maria. Os solos da guitarra são muito mais envolventes do qualquer paisagem suja e carcomida. Não presto atenção em nada, apenas caminho. Meu transe só é interrompido por algum garoto pedindo moeda.

Quando saí de casa, o céu dava indícios de que ficaria limpo. Porém, saí e levei as minhas nuvens negras, e por muita sorte, elas ficaram pelo caminho, pesando mais o céu. Depois de uns 40 minutos de caminhada, passo em uma padaria, já que havia exterminado com meus pães velhos. Chego em casa, mente aliviada, a chuva volta e sem impõe. Voltei ao meu mundo, enfadonho, diga-se de passagem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Minha vontade anda em Alcatraz


Muito para dizer, pouca inspiração para escrever. É esse o dilema que vivo atualmente. Me prometo que vou sentar em frente ao computador e debulhar a fartura de pensamentos e conjecturas que surgem na minha cabeça. Mas a preguiça e o cuidado me fazem vacilar diante dessa missão.

Então hoje, para não deixar o OpiniãOposta sem atualização, sugiro que ouçam o Pró-Música, programa de rádio que tenho com mais três amigos. Nessa semana, trouxemos alguns artistas que deixam transparecer na sua música as impressões de um presidiário. A escolha do playlist foi bem democrática e de muito bom gosto, modéstia a parte.

Para não perder o costume, também há muito humor no Pró-Música. Temos as participações especiais de Luiz Inácio Lula da Silva e Silvio Santos.

Espero que gostem da dica!!! Até a próxima e distante postagem!

Pró-Música toda a quarta-feira às 23h, pelos 800AM da Rádio Universidade

Clique aqui e ouça o Pró-Música agora

Site do Pró-Música