segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

5964. Born to be wild (3:30)

Três vontades, três valores, três estilos. Embalados por um ímpeto juvenil. A grande chance surgiu e agarramos com unhas e dentes. Bom, mas vamos voltar um pouco no tempo. Sala de redação da FACOS (Faculdade de Comunicação Social da UFSM), uma tarde de quarta quente de novembro, reunião de pauta da segunda revista da turma do sexto semestre.

Muitas idéias, como sempre, pouca criatividade. Então vamos a escolhas de funções, e alguém grita: - Reportagem? Ao passo que vários se colocam a disposição de maneira voraz! Muda daqui, troca dali, saio eu, entra tu. Pela mão do acaso se forma a melhor equipe para a pauta que viria a ser escolhida.

Me sentiria me muito bem colocar em colocar toda nossa saga no papel. Entretanto, não tenho assistência jurídica suficiente para tocar nos nomes que queria. Além do tamanho, seria necessário um bom hectare desse blog. Então, me pague uma cerveja em um bar com música boa que lhe conto a história de cabo a rabo. Não entendeu nada? Leia a matéria abaixo, que foi publicada na terceira txt, escrita por Raero Monteiro e apuração de Otávio Chagas, Raero Monteiro e Willian Araújo.
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UFSM usada como ponte para recursos em projeto
Por Raero Monteiro
Otávio Chagas
Willian Araújo

Projeto ‘A Cultura – Inclusão Social’, sob investigação por não utilizar devidamente os recursos a ele destinados por emenda parlamentar do deputado Paulo Pimenta, foi mais uma da série de suspeitas lançadas sobre a UFSM e a FATEC nos últimos meses. Porém, a utilização dos recursos é apenas um dos vários procedimentos questionáveis envolvendo o projeto. A Universidade não elaborou, executou ou fiscalizou sua execução.

Dirigentes de entidades beneficentes que deveriam ser participantes do projeto, de 2005, o qual destinava R$ 48,2 mil para atividades com crianças e adolescentes, afirmam que sequer tinham conhecimento dele. O coordenador do projeto e pró-reitor de Planejamento da época, Roberto da Luz Júnior, 55, ficou surpreso ao saber das declarações, explicando que “não é de praxe” se verificar a aplicação dos recursos nos locais em que as atividades se desenvolvem.

O que diz Roberto vai de encontro à resolução nº 014/2003, assinada pelo então reitor, Jorge Sarkis, que instrui a formação de projetos que visam à contratação de fundação de apoio. Ela delega ao coordenador, dentre outras funções, a atribuição de “supervisionar as atividades do projeto”.

A mesma resolução dá ao gestor a responsabilidade de acompanhar e fiscalizar a execução do projeto. Cabe ao gestor fiscalizar inclusive o coordenador, e por isso o coordenador não pode também ser o gestor do projeto.

O gestor de ‘A Cultura – Inclusão Social’, José Orion Ribeiro, 44, foi indicado pelo próprio Roberto, e era funcionário da pró-reitoria de Extensão. José revela que o papel do gestor, na prática, também não é cumprido: “A gente, como gestor, não se envolve com o projeto. Tem que ter alguém responsável por ele mas tu não se envolve com as ações dele. (...) Não sei nem do que se trata o projeto, eu não me envolvi com o projeto”.

Nenhum bolsista ou professor das áreas envolvidas no projeto participam dele. Isso deixa claro que a UFSM apenas serviu como ponte para os recursos serem aplicados. Roberto define o papel da Universidade como de “assessoramento” para o ajuste formal do projeto, e ressalta que o deputado Paulo Pimenta “reivindicou parte dos recursos” da emenda para projetos “que ele mesmo apresentou para a Universidade através da ex-vereadora Misiara Oliveira”. Dentre eles estava ‘A Cultura – Inclusão Social’.

Não há no projeto qual o papel a ser desenvolvido pela ONG Olympe, que nele é parceira da UFSM. A ONG, na prática, assumiu o papel de executar as atividades previstas em outras três entidades, o que os dirigentes destas negam que tenha ocorrido.

A Olympe é representada no projeto e em outros documentos a ele relacionados por Marcelo Zardo Brettas, que não tem seu cargo na Olympe esclarecido. Roberto não conhece a presidente da ONG na época, Renata da Fontoura. Quem ele identifica como principal interlocutora da Olympe é a mesma pessoa que apresentou o projeto para a Universidade, a ex-vereadora Misiara Oliveira.

‘A Cultura – Inclusão Social’ faz parte de um projeto maior, intitulado ‘IPDR Apoio às ações comunitárias: A cultura – inclusão social, Apoio ao esporte de base e XX Festival de Inverno de Vale Vêneto’. Este projeto ‘guarda-chuva’ engloba ainda outros dois que receberam verbas da emenda. Um deles apoiava atividades com jovens das categorias de base do Grêmio Atlético Imembuí, no valor de R$ 52 mil. O outro repassava R$ 25 mil para o Festival de Inverno de Vale Vêneto.

Nenhum dos três projetos previa alguma viagem internacional a ser realizada. Entretanto, foram pagos R$ 3 mil à empresa Transportes Rizzatti Ltda. por uma viagem para Posadas, na Argentina. O número da nota fiscal é 5640 e ela é datada de 3 de janeiro de 2006.

Os professores do curso de Ciências Econômicas Clailton Freitas, Orlando Martinelli Júnior e Uacauan Bonilha constam como participantes de algum dos três projetos deste ‘guarda-chuva’, e receberam bolsas de R$ 1,5 mil cada. Contudo, eles não tiveram nenhuma participação neles, tendo recebido as bolsas pela participação em um outro, desenvolvido para avaliar o impacto da instalação de fábricas de celulose na região de Pelotas.

O professor Clailton Freitas, 43, revela: “Como esse projeto já estava recebendo a verba então os bolsistas do projeto Votorantin foram pagos com recursos dele. Mas, na verdade, eu não sei nada desse projeto. Foi só um erro mesmo, não sei por que nem foi corrigido”.

Falta de acompanhamento da execução do projeto, uso da Universidade como caminho para recursos, gastos sem previsão, pagamento de professores por serviços prestados em outro projeto. Preocupa, mais do que esses procedimentos, o fato de tantas falhas não terem sido descobertas pela própria UFSM ou pela FATEC.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

(Sem pretenções) Indiana Willian Jones apresenta: Hazmat Modine


Uma das coisas que mais me atrai na internet é conhecer bandas muito boas, que sem a internet, dificilmente teria notícia. Por isso, reservo horas do meu final de semana para fuçar em blogs de download do mundo todo, em busca de jóias da música mundial desfavorecidas pela mídia.

O meu critério de escolha do que vou baixar não é muito científico: geralmente leio a resenha escrita pelo blogueiro, e aí tiro minhas conclusões. Entretanto, 97% desses blogs não têm nenhuma explicação a mais do que nome e número de faixas do álbum que está disponível pra download. Então apelo para a sorte e baixo pelas capas dos álbuns. Surpreendentemente acerto a maioria dessas investidas.

Certo dia olhando o blog português ‘Raizes e antenas’, vi uma capa que me chamou atenção. Trazia uma harmônica (gaita de boca) que tinha várias tubas saindo de si, com a alcunha de Hazmat Modine. Felizmente havia uma resenha muito bem feita, que me trouxe ainda mais curiosidade: “O álbum começa com uma harmónica visceralmente blues a dar o mote para um reggae fumegante que acaba por fazer lembrar, tudo, em conjunto, o «Summertime», mas como se o «Summertime» tivesse nascido numa intersecção onírica qualquer entre Nova Orleães e Kingston”.

Na hora pensei: “hmm, isso deve ser interessante!”. Fui buscar mais informações sobre essa simbiose de ritmos. No site da banda, eles se definem assim: “HAZMAT MODINE é a junção rica de partes da música americana dos séculos 20's e 30's até à década de 50 e início dos 60's, mistura elementos do início Blues, Hokum Jugband, Swing, Klezmer, New Orleans R & B, e jamaicana Rocksteady. A banda é formada por dois gaitistas, tuba, guitarra, percussão e guitarra de aço havaiana. O som da banda reflete influências musicais que vão desde Avant-garde para Rockabilly Jazz e Western Swing ao Médio-Oriente, Africano, e estilos musicais havaianos”.

A confusão na minha cabeça ficou ainda maior! Então pesquisando mais sobre a banda, encontrei o blog do músico Marcello Ferreira, que classificou como uma das melhores coisas que ouviu no ano de 2007. Marcello, como especialista, faz um parecer efusivo sobre a banda: “Reunindo excelentes músicos, muito bom humor, Blues, Reggae, Country, boas “soluções musicais”, Foxtrot, música caribenha, bom gosto e instrumentos exóticos, o Hazmat Modine chegou a este belo resultado. Uma coisa que mais “salta” aos ouvidos é o bem feito jogo de diferentes timbres nas composições, as vozes versáteis; gaitas; madeiras; metais; percussões; madolins e slides de guitarras [além de cigarras e latidos de cachorro!!]”.

Ao ler esse texto, os 93MB de Hazmat Modine já haviam terminado de baixar. Prontamente me pus a ouvir para matar a curiosidade. Depois de duas audições criteriosas, concordei plenamente com as duas resenhas que havia lido. Fiquei estupefato com a banda e não a tirei mais da minha discoteca ambulante.

Bom, para compartilhar esse ótimo álbum, para pessoas que como eu, não tem como comprar o seu alimento musical, deixarei disponível para download no OpiniãOposta.


Download do álbum Bahamut - Hazmat Modine




A Volta do Cão arrependido!


Sumido? Não, isso seria muito ameno de minha parte. Prefiro dizer que deixei meu blog às moscas. Depois de um recesso na faculdade marcado pelo ócio e festas, e um vestibular de muito trabalho, voltei às aulas precisando recuperar as notas que deixei passar durante todo o semestre. Depois o carnaval, uma viagem para praia, e os exames. Isso não justifica, mas mostra como minha mente andou ocupada nesses últimos meses. Claro que se eu quisesse poderia postar algum texto. Tenho vários que ficaram a uns dois parágrafos de serem publicados, mas sempre deixava algo faltando.

Bom, vou parar de dar explicações e partir para o que interessa. A partir de agora pretendo ser mais assíduo no OpiniãOposta. Sei que falar em dois textos por semana é demagogia, mas quem sabe um por semana?

A foto que ilustra esse post foi tirada por mim em Tramandaí, na plataforma de pesca. Era uma tarde fria e bonita, que com alguns ajustes automáticos da câmera, propiciou essa bela imagem.

Não desapareçam, volto logo!