A Bomba explodiu! Devastou e transformou tudo que estava a sua volta. Construiu, desconstruiu, deu origem, sepultou. Até que em uma noite, da maneira mais clássica possível, o algoz dessa fúria saiu dos palcos para entrar na história do Rock n’Roll, como o seu ultimo grande “band líder”. Kurt Cobain tomou sua última dose no dia 5 de abril de 1994, dando fim a um dos fenômenos mais rápidos e intensos que o Rock já viu. Com a morte de Cobain e o conseqüente fim do Nirvana, Chris Novoselic e Dave Grohl decidiram enterrar a banda junto com o corpo de Kurt, para evitar qualquer estigma, ou reacender qualquer fantasma do Nirvana. Os dois também resolveram não tocar mais juntos.
As músicas do Nirvana eram, em maioria, compostas por Kurt. Não havia espaço para as composições de Dave, que as guardou até o fim da banda. Por isso, um ano após o fim do Nirvana, Dave Grohl entrou em estúdio e gravou todos os instrumentos do seu primeiro CD, dando origem a uma banda que foi denominada Foo Fighters. Grohl não desejava que o Foo Fighters fosse um projeto de um homem só. Então foi a procura de músicos para integrarem a sua banda. Arrebanhou os integrantes necessários para fazer shows e em alguns meses o Foo Fighters já tinha singles consagrados. Esse álbum ainda traz muito do peso do Nirvana e para mim é um dos (se não o) melhor da banda.
O sucesso do Foo Fighters foi enorme e em 1997 saiu o segundo CD, “The Colour and the Shape”. Em 1999 veio “There Is Nothing Left to Lose”. No final de 2002, “One by one”. Nesses 7 anos, 4 CD’s, muitos singles e integrantes diferentes. Mas o Foo Fighters tinha uma cara, e era a cara de Dave Grohl. Sucessos como “Big me”, “Learn to fly”, “Times like these”, “All my life” entre vários outros, ergueram o Foo Fighters ao status de grande banda.
Em 2005, ano que completou 10 anos, a banda lançou seu quinto CD, “In your honor”, um duplo meio elétrico, meio acústico. A parte elétrica traz um Foo Fighters tradicional e pesado, de muito bom gosto. Mas é a segunda parte que merece destaque. Desplugado, a banda se transformou e apresentou grandes músicas como “Virginia Moon”, uma Bossa Nova ao melhor estilo Tom Jobim. Esse acústico proporcionou uma turnê. Dave, em entrevista a MTV até brincou que já estava cansado de gritar.
A poucos dias o Foo Fighters lançou seu último CD, “Echoes, Silence, Patience and Grace”. O CD é aberto com “The Pretender” música ao melhor estilo Foo Fighters, relembrando antigos sucessos da banda. Esse estilo permanece até metade do CD, quando a monotonia é quebrada por “Stranger Things Have Happened”, onde Grohl acompanhado por apenas uma viola e um instrumento de percussão, que parece castanholas, desempenha toda sua interpretação no vocal.
Já “Summer's End” lembra um Blues elétrico, enquanto em “The Ballad of the Beaconsfield Miners” dois belos violões duelam em um Folk. Na seqüência, as baladas “Statues” e “Home”, que são acompanhadas por um piano tocado por ele mesmo, (- Sim, acreditem! Ele também toca piano!) Dave Grohl.
“Echoes, Silence, Patience and Grace” prova realmente o que é Foo Fighters: uma banda multifacetada que toca o que gosta e o que quer. Tudo isso graças a genialidade de Dave Grohl, o comandante de uma banda de um homem só!
Um comentário:
Muito legal esse texto, me deixou tri afim de ouvir o CD. Vi o clipe de "The Pretender" e gostei, mas pelo que tu contou sobre as outras músicas, devem ser ainda melhores...
Ah! Acho que o teu post no Culturalhia já tá pronto! É só dar ctrl C + ctrl V! Hehehe...
Bjinhu!
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